O sol e o Bumerangue
Nas terras distantes do
Himalaia, havia um povoado chamado Hiamandu, que significa “Terra do sol nascente”.
Na província de “Harr”, havia muitos habitantes que sempre prezavam pela paz que
reinava absoluta em todos os cantos do povoado. Neste povoado, mora um menino
chamado “Jan”. Ele era
uma criança como outra qualquer, que gostava muito de brincar, principalmente
no seu “pranchão” que mais parecia uma prancha de surf.
Mas, que na verdade era
para descer os pequenos montes de Hiamandu porque o mar ficava muito distante do
povoado. Jan entrava em êxtase quando subia no seu
“pranchão” e descia sorrateiro pelos montes abaixo. Em um determinado dia, Jan deixou
seu brinquedo próximo a uma árvore para beber água em um riacho próximo, de
água limpa e totalmente cristalina. Ao retornar, Jan teve uma visão que gelou sua alma, outros garotos bem maiores que
ele estavam destruindo o seu tão amado brinquedo. Aquilo era desesperador para
o menino, pois, aquele material que era feito o “Pranchão”, só poderia ser
material que era feito o “pranchão”, só poderia ser encontrado em terras
distantes e este era um presente que foi dado por seu avô que já havia
falecido. Os garotos ao verem que jan se aproximava. Saíram correndo, rindo e debochando de Jan. O
menino nada poderia fazer, pois ele era pequeno e franzino. Como poderia Jan deter
garotos maiores e mais fortes que ele?
Jan ficou totalmente
revoltado com a atitude dos garotos, não entendia o porquê de tamanha crueldade
sem sentido. Ele nunca tinha feito nenhum tipo de maldade com aqueles meninos.
Em súbito, a raiva e o ódio tomaram conta do coração jan. Naquele
momento, o menino só pensava em uma coisa, “vingança”.
Nesse momento, o menino se lembrou que nas montanhas, existia um
homem que todos diziam que “Tudo sabia “. Jan então foi em direção as montanhas, ele precisava muito falar com
esse homem. Porque seu coração estava tomado de ódio e desejo de vingança.
Quando estava se aproximado de um arbusto, Jan avistou
um velho homem sentado em uma pedra com uma atitude completamente serena,
observando as montanhas.
De repente, uma voz falou:
- Aproxime-se menino, ou vai ficar parado aí me olhando?
Jan, não entendeu nada. Mas como o
senhor sabia que eu estava lhe procurando?
E o velho homem respondeu:
- Eu somente sabia menino, deixa pra lá. Agora olha para as minhas mãos
Este objeto que eu estou segurando, chama-se “Bumerangue”, e o
menino olha o estranho objeto que estava nas mãos do velho, que mais parecia um
chifre de búfalo. E o velho continuou a falar:
- Este objeto quando arremessado retorna para as mãos de quem o
arremessou.
Agora pegue o mesmo, olhe
em direção ao sol e o arremesse com toda a sua força. E jan, foi
tentar fazer o que aquele homem havia lhe ordenado. Mesmo com o brilho intenso
do sol queimando os seus olhos, Jan arremessou o bumerangue.
Após alguns minutos de silêncio, jan levou um enorme susto, pois, não sentiu que o mesmo havia
retornado com enorme rapidez, porque a luz do sol atrapalhava a sua visão. Se
não fossem as mãos hábeis do velho homem, ele teria sido atingido pelo
bumerangue.
“Menino”, preste atenção no que vou lhe falar:
-
A
raiva e o ódio, são sentimentos traiçoeiros que são como o sol que te cega e
faz com que você cometa tolices, e o bumerangue é como reflexo de todos esses
sentimentos ruins. Você pode lançá-los. Mas, eles sempre retornarão para você.
Nunca se esqueça disso e siga seu caminho em paz.
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