quinta-feira, 31 de janeiro de 2013






 O Tolo

Numa manhã de primavera, na cidade de Málaga (Espanha), no ano de 1899, em uma praça principal localizada no centro da cidade um jovem estava compenetrado em um quadro em que movimento suave, e ao mesmo tempo ligeiro, fazia um pincel deslizar sobre uma tela como uma bailarina num espetáculo sem igual.
     As pessoas que passavam pelo local, olhavam para o rapaz com certa curiosidade. Alguns meio afoitos e outros completamente indiferentes.
     E o nosso jovem continuava com o seu pincel para cima e para baixo, para esquerda e para a direita, sem se importar com que acontecia a sua volta, a pintura era sua vida desde que era uma criancinha.
   Em um determinado momento “Um Sujeito” se aproximou e perguntou ao jovem rapaz:- hei você jovem, o que vê nisto?
   O jovem respondeu:- Eu senhor, vejo possibilidades vindouras.
    E o sujeito exclamou:- O que eu vejo, é somente um monte de rabiscos insignificantes.
E foi-se embora o sujeito mal educado.
O jovem não deu muita atenção ao sujeito e continuou a sua pintura, coisa que era sua grande paixão.
Minutos depois uma mulher se aproximou e também perguntou:- Meu filho o que está fazendo aí? O que é esse monte de rabiscos?
   E o jovem novamente respondeu:
- Isso aí, não são rabiscos senhora, esta é minha obra, e o que eu vejo é um lindo jardim cheio de orquídeas, iluminadas pelo sol da primavera.
- Hum, que bobagem, vá procurar um trabalho e não perca tempo com coisas inúteis.
Muito chateado com aquela repreensão, abaixou o pincel, o limpou e quando já estava se preparando para guardar sua “Tela” e ir embora, notou que um homem estranho se aproximou dele e viu que o homem possuía uma barba enorme e tinha um chapéu que lhe cobria a cabeça e quase todo o rosto. E que não o olhava, fixamente para dentro dos seus olhos.
Então o homem estranho perguntou:
- Jovem rapaz, o que você vê nesta obra?
  E o jovem respondeu:
- Obra, você não vai caçoar de mim também vai senhor?
 E o homem:
- Não, então o que você vê nessa obra?
   E o jovem:
- Senhor, eu  vejo”Tudo”, acredita nisso?
   E o estranho respondeu:
- Acredito jovem, e mais eu vejo o passado, o presente, o futuro e também um grande artista.
“ Escute o que eu vou lhe dizer meu jovem rapaz, o tolo ri até mesmo do que ele não entende, somente para disfarçar a sua profunda ignorância”.
 Não deixe que pessoas sem visão façam você desistir do que acredita, pois quem procura seguir em frente, sem desistir encontra o sucesso.
   O jovem rapaz em êxtase com as palavras daquele estranho homem agradeceu e perguntou:
- Senhor qual o seu nome?
  O homem apenas sorriu e começou a caminhar e perguntou ao jovem:
- Primeiro qual o seu nome?
  E o rapaz também sorriu e falou:
- É Pablo, “Pablo Picasso” para os íntimos senhor!
 E o homem já quase sumindo me chame de Leonardo, “Da Vinci” para os íntimos.
Após a declaração o jovem Pablo ficou sem respiração para falar, somente teve tempo de observar uma lenda viva sumir no meio de multidão.


                                                

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013







O sol e o Bumerangue

   Nas terras distantes do Himalaia, havia um povoado chamado Hiamandu, que significa “Terra do sol nascente”.
Na província de “Harr”, havia muitos habitantes que sempre prezavam pela paz que reinava absoluta em todos os cantos do povoado. Neste povoado, mora um menino chamado “Jan”. Ele era uma criança como outra qualquer, que gostava muito de brincar, principalmente no seu “pranchão” que mais parecia uma prancha de surf.
   Mas, que na verdade era para descer os pequenos montes de Hiamandu porque o mar ficava muito distante do povoado. Jan  entrava em êxtase quando subia no seu “pranchão” e descia sorrateiro pelos montes abaixo. Em um determinado dia, Jan deixou seu brinquedo próximo a uma árvore para beber água em um riacho próximo, de água limpa e totalmente cristalina. Ao retornar, Jan teve uma visão que gelou sua alma, outros garotos bem maiores que ele estavam destruindo o seu tão amado brinquedo. Aquilo era desesperador para o menino, pois, aquele material que era feito o “Pranchão”, só poderia ser material que era feito o “pranchão”, só poderia ser encontrado em terras distantes e este era um presente que foi dado por seu avô que já havia falecido. Os garotos ao verem que jan se aproximava. Saíram correndo, rindo e debochando de Jan. O menino nada poderia fazer, pois ele era pequeno e franzino. Como poderia Jan deter garotos maiores e mais fortes que ele?
   Jan ficou totalmente revoltado com a atitude dos garotos, não entendia o porquê de tamanha crueldade sem sentido. Ele nunca tinha feito nenhum tipo de maldade com aqueles meninos.
Em súbito, a raiva e o ódio tomaram conta do coração jan. Naquele momento, o menino só pensava em uma coisa, “vingança”.
Nesse momento, o menino se lembrou que nas montanhas, existia um homem que todos diziam que “Tudo sabia “. Jan então foi em direção as montanhas, ele precisava muito falar com esse homem. Porque seu coração estava tomado de ódio e desejo de vingança.
Quando estava se aproximado de um arbusto, Jan avistou um velho homem sentado em uma pedra com uma atitude completamente serena, observando as montanhas.
De repente, uma voz falou:
- Aproxime-se menino, ou vai ficar parado aí me olhando?
 Jan, não entendeu nada. Mas como o senhor sabia que eu estava lhe procurando?

   E o velho homem respondeu:
- Eu somente sabia menino, deixa pra lá.  Agora olha para as minhas mãos
Este objeto que eu estou segurando, chama-se “Bumerangue”, e o menino olha o estranho objeto que estava nas mãos do velho, que mais parecia um chifre de búfalo. E o velho continuou a falar:
- Este objeto quando arremessado retorna para as mãos de quem o arremessou.

   Agora pegue o mesmo, olhe em direção ao sol e o arremesse com toda a sua força. E jan, foi tentar fazer o que aquele homem havia lhe ordenado. Mesmo com o brilho intenso do sol queimando os seus olhos, Jan arremessou o bumerangue. Após alguns minutos de silêncio, jan levou um enorme susto, pois, não sentiu que o mesmo havia retornado com enorme rapidez, porque a luz do sol atrapalhava a sua visão. Se não fossem as mãos hábeis do velho homem, ele teria sido atingido pelo bumerangue.

“Menino”, preste atenção no que vou lhe falar:
- A raiva e o ódio, são sentimentos traiçoeiros que são como o sol que te cega e faz com que você cometa tolices, e o bumerangue é como reflexo de todos esses sentimentos ruins. Você pode lançá-los. Mas, eles sempre retornarão para você. Nunca se esqueça disso e siga seu caminho em paz.
                                                                                                                             

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013






 O que se espera...

 Que no próximo, o que foi derrota seja uma vitória

Que sonhos sejam realizações

Que atitudes impensadas, sejam refletidas

Que palavras vazias, sejam de amor

Que a estupidez de lugar a sensatez

Que se for, seja sempre ao encontro da felicidade

Que ficar, seja sempre por uma boa causa

Que as barreiras de ódio e opressão venham abaixo

"Que os bons valores, não fiquem apenas nas gerações antigas. Mas, que nas novas, sirvam sempre de exemplo e que se tornem uma semente."

Tony dy Carlo